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São como barcos que passam num rio e que mais cedo ou mais tarde terão de atracar. Mas neste rio o fim está muito próximo, vai correndo lentamente como se não tivesse pressa, como se não tivesse ninguém à sua espera. Dentro deste leito estão contidas todas as lembranças de outras passagens, de outros barcos que lá deixaram marcas. Uns não chegam a ver o mar, outros nem chegam a sair da margem. Mas este barco é especial, e já ultrupassou a barreira do mar. As águas salgadas batem com fúria no pequeno barquito, empurram de lado para lado tudo o que ele contém e ele sorrateiro tenta fugir. De nada lhe vale: o mar é mais forte e por mais que ele reme contra a maré, a maré acaba sempre por o magoar. Já se avista a terra, já a esperança lhe vale. Cego de tanta felicidade o pequeno barco acaba por ser engolido por uma onda gigante. Acabou a sua viagem, foi o seu fim. Já se contam histórias do barquito que depois de tanto batalhar acabou por se afundar.
Something to Read
...the one that got away...