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As gotas de orvalho são cristais que a natureza me deu. Estou pobre, não de dinheiro, mas de espírito.
Chove, mas não como nos outros dias. Sinto a aragem quente... Entrei na casa e suspirei de saudade. Passei aqui muito tempo, tenho muitas recordações daquele quarto e daquela sala e daquela cozinha, oh e daquele sofá em que tantas noites adormeci! Não me lembro de como ia parar ao quarto, talvez fosses tu, tu que com os teus braços fortes me pegavas e me poisavas na cama.
De manhã o cheiro a maresia percorria o corredor, tão bom que era! Era uma dose de energia que se instalava no meu corpo e ver-te dormir dava-me uma grande porção de felicidade. Dava-te um beijo e acordava-te. Sabes bem que sempre gostei de te irritar, adoro ver a tua cara de rezingão e já conheço esse teu mau humor matinal…
Hoje a casa está vazia. Quando será o dia (em que te voltarei a ver)?