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Eu tenho tumblr, quer dizer já não lhe ligo muito, já nem lá vou, mas já à muito tempo que os conhecia. A verdade é que é, de facto, um sítio onde se encontra muita coisa: muitas imagens e frases bonitas e algumas bem engraçadas. Sim é verdade. Mas a verdade é que também é maioritariamente reblogado, ou seja nada daquilo que lá poem é original, digo maioritariamente porque não quero ofender quem se dá ao trabalho de fazer daquilo algo de jeito. Eu sou suspeita, o meu tumblr era feito de reblogs na sua generalidade (mas ainda tinha algumas coisas minhas), mas nem por isso me pus a expor para toda a gente nas redes sociais, a grandeza que eu fiz: copiar e colar ou apenas clicar no botão reblogar. Para mim não é um grande feito ter um site cujo conteúdo não é meu, o número de posts ou seguidores não me interessa, apenas porque o mérito não é meu. Se calhar até é, ter bom gosto? Ou talvez não? Peço desculpa se ofendi alguém, é só o meu pequeno ponto de vista e quem gosta e está feliz que não se deixe afectar.
Novo visual... parecido com o outro e com as mesmas cores. Mas o que acham? Hum?
Como aluna de História que sou, não posso deixar de dizer algo sobre este dia. Liberdade nem sempre foi uma palavra que se pudesse usar. Agora podes falar, criticar, intervir se não estiveres contente, se achares que as coisas estão mal. Os problemas de agora em nada têm a haver com os tempos de fascimo que o país atravessou. Foram 48 anos de opressão, fome, ignorância. De certeza que nessa altura as preocupações não eram o facto de não poderes ter um telemóvel melhor do que toda a gente, ou comprar coisas de marca, não é ter o capricho de comer num restaurante italiano, ou de passar umas férias a Londres. Nesse tempo, as pessoas estavam mais preocupadas com o facto de ter de conseguir alimentar os filhos com um prato de sopa ou meia sardinha, e arranjar uma roupa para os Domingos, os quais eram passados nas igrejas, o único dia em que podiam descansar. Não podiam sequer pronunciar palavras contra o governo, e o medo infectava o clima da época.
O 25 de Abril de 1974 foi um exemplo para muitos países. Não houve mortes, mas sim cravos nas pontas das armas. A democracia foi uma vitória.
Ainda á pouco, numa paragem de autocarros, ouvi umas senhoras idosas dizerem "este país precisa do nosso Salazar, não de um, mas de pelo menos 50!" e eu digo-lhes "ó Deus, perdoa-lhes porque não sabem que dizem". Esta mentalidade de ignorância ainda atinge muita gente. Esse senhor até pode ter trazido algumas vantagens para Portugal, mas os males foram muitos mais.
Liberdade? Nem tu nem eu, conseguimos compreender o significado desta palavra. Só quem lutou por ela é que realmente sabe o quão importante ela é.
Pergunto-me se no meio deste mar revoltado haja alguém que não se encontra condenado ao fracasso que aí vem. Depois de tanta manifestação, tanta desilusão, tanta greve (que verdade seja dita, até me deram umas boas folgas a meio da semana) não faça nada para que tentem (pelo menos tentar!) tirar o país de misérias. Foram cinquenta e três vírgula cinquenta e sete por cento que ficaram à espera que os outros decidissem o futuro do seu querido e perfeito país. Pareço uma entendida no assunto (há quem pense!), mas não (!) apenas fico com a minha humilde opinião sobre estes factos, que pelos vistos são de pouca importância.
Mas eu até entendo está um vento de rachar, um frio que quase nos impede de escrever, quanto mais de marcar um X num quadradinho? Esquece lá isso ;D
A vida é difícil e muitas vezes temos desilusões. Não será a primeira, nem a última, não será a mais forte, mas também não será a que menos doí. Todos temos momentos bons dos quais retiramos as mais pequenas sensações. Vivemos-las intensamente, como se da última se tratasse. Mas quando acabam percebemos que nem tudo foi vivido, nem tudo foi sentido, nem tudo foi verdadeiro, aí sentimo-nos impotentes perante tal realidade, perdemos a noção. Por vezes dizemos que se voltássemos atrás tudo seria diferente, e eu própria o digo muitas vezes. Mas a prova está que se tiveres oportunidade de fazer melhor, muitas das vezes não acontece aquilo que realmente querias, e geralmente sai pior.
Genuinidade, é o que faz falta nesta vida. Para quê mudar por algo que não vale a pena? Para quê mudar se tu, genuinamente, não fazes nada de mal? É a lição que tiro da vida, sê quem és, não precisas de mudar para que gostem de ti.